10.02.2005

EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Meu caro Pasquali,Antes de mais nada, fiquei muito honrado com sua visita ao "Diário de um Mario", apelido do blog onde exponho opiniões e fantasias, o mariobenevides.blogspot.com. Propagandas à parte, transcrevo o que o Pasquali me escreveu:
"Mario,Concordemos com a sua posição ou não, é sempre bom discutir. Se esse referendo de nada adiantar para a questão das armas, pelo menos nos restará o exercí­cio da democracia.Um abraço,Pasquali."
Como se vê, o Pasquali foi na mosca. Esse exercício da democracia nos levará a uma das seguintes situações: (a) A maioria se dirá contrária à proibição do comércio legal das armas. Neste caso, estará dizendo claramente que não considera o armamento oficial, o das forças do Estado, suficiente para nos defender; (b) No caso oposto, a maioria estará dizendo que está depositando nas mãos do Estado toda e qualquer perspectiva da defesa da sociedade contra a violência, auferindo ao Estado uma responsabilidade que, via de regra, este não assume.
Qualquer que seja a opção da maioria, o que estará e já está em cheque é a responsabilidade/capacidade do Estado, mantido por nós - o conjunto formado por maioria e minoria de opção - de nos defender. Este, sim, é o maior valor dessa discussão. Pouco importa seu resultado de sim ou não, mas sim a exposição de que não estamos nem um pouco à vontade no que se refere à nossa segurança; caso contrário, não estaríamos discutindo o assunto - discussão que nos há de levar a outras, mais profundas, das causas e como acabar com tanta violência no Brasil. Assim, palmas a quem abriu a discussão - que, salvo engano, foi o movimento chamado "Viva Rio" -; e obrigado ao Pasquali, por me ter dado a oportunidade de voltar ao assunto.
Abraços,
Mario Benevides.

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