12.20.2017

MEU CARO ALBERT - 2

Caro Albert:

Neste momento, chove muito na Ilha de Santa Catarina. Já no continental Brasil, juizes interpretam as leis e julgam de acordo com sua consciência e convicções. E daí, Mario?, não é isso que se deve esperar de juizes?, você me pergunta. Claro que sim, nosso admirado reinventor da relatividade. Mais óbvio ainda, há uma exceção a confirmar a regra, a, entre um julgamento e outro, usar do deboche. Imagine você que o tal, faz pouco tempo, fez troça do trabalho escravo no Brasil. "Meu trabalho é exaustivo mas não escravo", ele disse. Absolutamente desnecessário seria lembrar a você de que país estamos falando, de que mundo e atualidade estamos falando. E aí me pergunto: e nós, aqui da Terra e do País? Que pagamos o salário do citado, nós, os que temos como viver e os que não têm? E nossas instituições? Ei! Ô OAB! Cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!
Com minhas desculpas pelo desabafo,
Mario.

12.16.2017

MEU CARO ALBERT

Meu caro Albert:

Como combinado, não vou divulgar seu número de WhatsApp. Mas, que bom que essa modernidade toda tenha me permitido me conectar com você, para propor aquela modesta equação. Fosse quem fosse, Maria Luiza teria um amor incondicional e imenso. Sendo quem ela é, que tamanho esse amor tem? Você me respondeu com sua tradicional foto com a língua de fora. Deduzi então que você, mestre da relatividade, estaria desistindo desse tipo de cálculo. Mais ainda, sem necessariamente incluir você, que nosso amor por Maria Luiza não tem tamanho, e, portanto, deixa de ser relativo, absoluto que é.

Agora me conte: como é falar com Jesus Cristo em alemão? Ah. É em aramaico que vocês falam. Não fosse você quem é. Ao Pai, àquele que não joga dados, diga por favor que compreendemos a falta de intromissões que aqui entendemos como imprescindíveis. Afinal, mesmo com você de assessor, deve ser mesmo difícil manejar os astros e suas explosões. Nem por isso deixo de recomendar a você umas rodadas com Tom, Vinicius, Pixinguinha e Cartola. Convide também o Louis Armstrong. Não me venha com essa inoportuna e descabida modéstia. Eles dominam duas línguas que são fáceis a você e também a nós: música e poesia.

Meu caro Albert: que a alegria da comemoração da formatura da Maria Luiza em medicina, com as medalhas pelo primeiro lugar na universidade que cursou, se espalhe por aí e por cá, e que coisas boas e leves sempre nos espantem, a nós e a você, todos com a língua de fora a debochar da maldade, ainda que tristes por causa dela. Assim iremos derrotá-la, relativa e passageira que é.

Do seu absoluto admirador,

Mario.


mariobenevides.blogspot.com