A ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um
apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o
clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e
de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão
contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Do website da ONU.
A Organização das Nações
Unidas foi fundada em 1945, logo após o término da Segunda Guerra Mundial.
Atualmente é composta por 193 Estados Membros. O preâmbulo da Carta da sua criação,
disponível em seu website[1],
afirma:
Nós, os povos das nações unidas, determinamos salvar
as gerações seguintes do flagelo da guerra, que duas vezes em nossas vidas
trouxe tristeza incalculável para a humanidade, e reafirmar a fé nos direitos
humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de
direitos de homens e mulheres e de nações grandes e pequenas, estabelecer condições
sob as quais a justiça e o respeito pelas obrigações decorrentes dos tratados e
de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e promover o
progresso social e melhores padrões de vida em maior liberdade.
Foi com esse espírito que
em 2015 foram lançados pela ONU os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS). Também conhecidos como Agenda 2030, sucederam os Objetivos do Milênio
(ODM), que tiveram como prazo o ano de 2015.
Enquanto os ODM eram
oito, os ODS são 17. Mais específicos que os seus antecessores, cada um possui
metas, com respectivos indicadores para que possam ser alcançadas em todo o
mundo. Vale a pena listá-los aqui: ODS 1 - Erradicação da Pobreza; 2 - Fome
Zero e Agricultura Sustentável; 3 - Saúde e Bem Estar; 4 - Educação de
Qualidade; 5 - Igualdade de Gênero; 6 - Água Potável e Saneamento; 7 - Energia
Limpa e Acessível; 8 - Trabalho Descente e Crescimento Econômico; 9 - Indústria,
Inovação e Infraestrutura; 10 - Redução das Desigualdades; 11 – Cidades e Comunidades
Sustentáveis; 12 – Consumo e Produção Responsáveis; 13 – Ação contra a Mudança
Global do Clima; 14 - Vida na Água; 15 – Vida Terrestre; 16 – Paz, Justiça e
Instituições Eficazes; e 17 – Parcerias e Meios de Implantação.
Embora a prioridade seja
a ação de governos, os ODS também têm servido para pautar uma agenda de
desenvolvimento sustentável para o mundo empresarial. Como divulgado no website
da Bolsa de Valores – a B3 -, o “Raio X” da carteira de ações componentes do
Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) de 2020 da Bolsa aponta que 98%
das companhias, segundo suas próprias declarações, usam a Agenda 2030 e os ODS
como referências para a sustentabilidade em seus negócios; e 93% declaram ter
realizado uma análise de materialidade para identificar os ODS prioritários
para suas atividades[2].
O conceito de
desenvolvimento sustentável foi lançado oficialmente em 1987, no relatório da
ONU chamado “Nosso futuro comum”, após muitos anos de discussões entre
desenvolvimentistas e ecologistas, que, como se sabe, ainda perduram: desenvolvimento
sustentável é o capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de suprir as necessidades das futuras gerações. Logo,
o desenvolvimento sustentável é o que não esgota os recursos para o futuro,
aquele em que se busca harmonizar o desenvolvimento econômico com a conservação
ambiental, como se lê no website da WWF[3].
Infelizmente, em que
pesem esforços de líderes de nações e compromissos firmados nas Conferências
das Partes, como a de 2015 em Paris – a COP 21 -, há quem não os respeite e até
desdenhe deles.
Aqui no Brasil, neste ano
de 2020, em meio a uma pandemia que tem como sua mais comum e grave consequência
problemas respiratórios, houve recorde de queimadas. Não deixa de ser curioso
que a preocupação mais repetida seja a de que países estrangeiros poderão
diminuir ou mesmo evitar investimentos em nosso país por causa do descaso com o
Meio Ambiente. Muito mais do que isso, esse descaso, mentirosamente negado, vai
na contramão do desenvolvimento sustentável, justamente comprometendo a
disponibilidade de recursos já no presente. Basta ver o que diz a Embrapa[4]:
Sabe-se que a queimada altera, direta ou indiretamente,
as características físicas, químicas, morfológicas e biológicas dos solos, como
o pH, teor de nutrientes e carbono, biodiversidade da micro, meso e macrofauna,
temperatura, porosidade e densidade. Sem falar no aumento do efeito estufa, na redução
da qualidade do ar e da água, e da saúde.
Ainda segundo a Embrapa, “as
queimadas podem ser abolidas pelo uso de tecnologias como práticas
conservacionistas de solo e água e sistemas de produção sustentada”.
Sejamos otimistas. É de se esperar
que em breve voltemos à civilização adequada ao século XXI. Voltando aos ODS, em
sua opinião, qual ou quais deveriam ser priorizados no Brasil?
Sua opinião é muito importante.
Sempre.
Um abraço,
Cidadão Mario.
[1]https://www.un.org/en/about-un/index.html.
[2][2][2]
Fonte: http://www.b3.com.br/pt_br/noticias/b3-divulga-a-15-carteira-do.htm.
[3]https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/..
[4]Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Publicação de 2012, em https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/956695/impactos-das-queimadas-na-qualidade-do-solo---degradacao-ambiental-e-manejo-e-conservacao-do-solo-e-agua.
Todos os websites acessados em 19.10.2020.