Aos catorze quinze anos teria dito
Janis Joplin não se drogue fique
Aqui conosco.
E teria lhe beijado a boca
Se ela quisesse.
Muitos o teríamos feito
Carinhosamente.
Amy Winehouse filha
De outra Janis
A ela teria dito
Me irrita seu suicídio
Tão anunciado
Óbvio.
A ponto de desgostar
Do que de fato eu gostava,
Da sua voz
Canção.
E teria lhe beijado a boca
Se ela quisesse.
Muitos o teríamos feito
Carinhosamente.
Não necessariamente conhecemos
Quem nos lê.
Não há como conhecer beijar
Tantas desconhecidas bocas.
Não afaste ou despreze as nossas
Principalmente não nos irrite
Com a obviedade.
Experimente o prazer
A onda
Do elevador prédio ônibus errado
Para o bairro longe
Dos óbvios e também
Da sua casa
Possivelmente chata.
Peça-nos exija nossas
Bocas.
A sua
Se você quiser beijaremos
Carinhosamente.
O DIÁRIO DO MARIO contém crônicas e poemas de Mario Benevides, além do embrião do romance A REVOLUÇÃO DO SILÊNCIO, do mesmo autor, publicado em 2007 pela Design Editora, aqui no blog com o título A DINASTIA DE RICARDO CORAÇÃO DOS OUTROS.
6.26.2016
Bela e querida Inglaterra
"A União Europeia, uma instituição que
ajudou a manter a paz na Europa por meio século, sofreu um duro golpe" -
The Economist - A tragic split - 24/6/2016.
Bela e querida Inglaterra,
Como no título brasileiro
de England made me,
de Graham Greene,
Te separaste da Europa
Levando contigo teu reino
(até quando?) unido.
Uma mulher perdeu a vida por isso
Porque era contrária à tua separação
Como contrário era The Economist.
Parece ter pesado mais
que a Economia
A imigração.
(Às favas séculos de domínio.)
Bela e querida Inglaterra,
Uma Europa desunida tantas vezes
Tanto sofrimento
Que desta vez
Pelo menos
Assim não seja.
Bela e querida Inglaterra,
Deste distante
Muito mais que crítico
Teu admirador,
Minha tristeza
Pela tua
Se
Pa
Ra
Ção.
Bela e querida Inglaterra,
Como no título brasileiro
de England made me,
de Graham Greene,
Te separaste da Europa
Levando contigo teu reino
(até quando?) unido.
Uma mulher perdeu a vida por isso
Porque era contrária à tua separação
Como contrário era The Economist.
Parece ter pesado mais
que a Economia
A imigração.
(Às favas séculos de domínio.)
Bela e querida Inglaterra,
Uma Europa desunida tantas vezes
Tanto sofrimento
Que desta vez
Pelo menos
Assim não seja.
Bela e querida Inglaterra,
Deste distante
Muito mais que crítico
Teu admirador,
Minha tristeza
Pela tua
Se
Pa
Ra
Ção.
3.09.2016
2.21.2016
Livre tradução de termos usuais em 2016 no Brasil
Golpe: mensalão.
Golpismo: petrolão.
Desrespeito ao voto: fazer o
diabo para ganhar a eleição, mentir deslavadamente para o eleitorado,
amedrontá-lo; propaganda enganosa.
Ilibada: palavra exclusivamente utilizada por quem
desconhece seu significado.
Base jurídica: algo que um juris`ta fundador do PT tenta
demonstrar que existe para o impeachment do governo do PT.
Pedalada fiscal: algo que, por unanimidade, oito juízes do
Tribunal de Contas da União afirmam ter ocorrido.
Congresso: minha cara é do Eduardo, minha cara é do
Calheiros, minha cara é?...
Aliado: Renan Calheiros.
Base governista: Renan, Collor, Picciani.
Picciani: deputado que afirma que o governo não interviu
(não viu entre) na sua eleição na Câmara como líder.
Marcelo Castro: espécie de 007: com licença para intervir; o
que interveio.
Direita conservadora: quem pensa diferente do governo do PT.
O mesmo que coxinha; imbecil; elites brancas.
Barbosa, Nelson: está contudo prosa.
Stédile: quem?
Lula: qual?
FHC: coordenador do Plano Real; em matéria de amante, dedo
podre; generoso com o filho que não teve; de quem são esperadas explicações.
Marina Silva: extraordinária auto-explicação para uma
incógnita.
Temer: decifro-me ou me devoras.
Aécio: até aqui, morreu Neves.
STF: onde estou, quem sou, aonde vou?
13 de março: um grito de esperança. De mais exercício da democracia. Sempre.
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