12.16.2017

MEU CARO ALBERT

Meu caro Albert:

Como combinado, não vou divulgar seu número de WhatsApp. Mas, que bom que essa modernidade toda tenha me permitido me conectar com você, para propor aquela modesta equação. Fosse quem fosse, Maria Luiza teria um amor incondicional e imenso. Sendo quem ela é, que tamanho esse amor tem? Você me respondeu com sua tradicional foto com a língua de fora. Deduzi então que você, mestre da relatividade, estaria desistindo desse tipo de cálculo. Mais ainda, sem necessariamente incluir você, que nosso amor por Maria Luiza não tem tamanho, e, portanto, deixa de ser relativo, absoluto que é.

Agora me conte: como é falar com Jesus Cristo em alemão? Ah. É em aramaico que vocês falam. Não fosse você quem é. Ao Pai, àquele que não joga dados, diga por favor que compreendemos a falta de intromissões que aqui entendemos como imprescindíveis. Afinal, mesmo com você de assessor, deve ser mesmo difícil manejar os astros e suas explosões. Nem por isso deixo de recomendar a você umas rodadas com Tom, Vinicius, Pixinguinha e Cartola. Convide também o Louis Armstrong. Não me venha com essa inoportuna e descabida modéstia. Eles dominam duas línguas que são fáceis a você e também a nós: música e poesia.

Meu caro Albert: que a alegria da comemoração da formatura da Maria Luiza em medicina, com as medalhas pelo primeiro lugar na universidade que cursou, se espalhe por aí e por cá, e que coisas boas e leves sempre nos espantem, a nós e a você, todos com a língua de fora a debochar da maldade, ainda que tristes por causa dela. Assim iremos derrotá-la, relativa e passageira que é.

Do seu absoluto admirador,

Mario.


mariobenevides.blogspot.com

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