4.29.2009

AGORA, FALANDO SÉRIO

Bandalheiras à parte - sem perdoá-las ou esquecê-las jamais -, alguns momentos da História recente não são de se jogar fora. O primeiro deles foi ter à frente da Economia um político: FHC. Depois, à frente do Banco Central, um e depois outro banqueiro. A falsa impressão de que o brasileiro não tem memória, que pode ter sido reforçada pela reaparição de indigestas figuras cheias de poder novamente, claro que acontece pela manipulação covarde da turma da bandalha, que dela se beneficia e se locupleta e se vomita. Um faminto de tudo - da comida à instrução, à mais rudimentar capacidade de discernir - acreditará em qualquer hipócrita que se apresente oferecendo migalhas, trazendo consigo santinhos com o retrato de si próprio, de seus padrinhos - as referidas indigestas figuras - e, destas, seus mais recentes pares, a permanentemente renovar o que há de pútrido na pátria amada. No meio disso tudo, dois políticos que sabem disso tudo e - impossível não reconhecer - se saem muito bem disso - e nisso - tudo: o já citado FHC e, evidentemente, Lula. Pouco provável que o próximo seja alguém capaz de destruir o que foi conseguido a duras penas pela brava gente. De resto, é fortalecer o faminto de saber e comida, para que ele saiba distinguir retrato de canalha de rosto de gente de alma grande, gente que lava o rosto na pia e faz cocô na privada. E não o contrário.

Um comentário:

Aldo Votto disse...

Salve Mário!,Me achego para cumprimentar tua disposição de 'postar' jabs. Embora não necessariamente o golpe para nocautear o adversário, é uma forma de permanecer batendo, minando as resistências, mantendo a torcida animada e, numa dessas, quem sabe, derrubar o cara se ele se distrair.
Pela tua disposição, evitarei o debate e até a polêmica por não concordar com a valorização das intersecções entre FHC e Lula, em vez das diferenças que também são notórias. De todo modo, concordo que os jabs são merecidos exatamente pelas intragáveis intersecções e algumas peculiaridades de cada um. em resumo: pancada neles!!!
Abraço,
Aldo