Ao som da Spok Frevo Orquestra, mariobenevides.blogspot.com, 6 de março de 2008.
Eu jogo.
Pelo empate
Pela continuidade
Da ilusão.
Sei lá o que é vitória,
O que é derrotar alguém ou perder,
Nada disso me interessa.
Não me interessa mesmo competir.
Jogo pela existência
Pelo prazer de permanecer
Vivo.
Espero o computador se ajustar
Como esperam ator e platéia pelo terceiro toque.
Admiro
Profundamente
Músicos
De orquestras.
Sua disciplina
Seu prazer
De dividir com tantos
O palco
De não ter um nome
De não mesmo ter
Dinheiro.
Sou um jogador.
Quem joga não o faz pelo dinheiro
O faz pela embriaguez da ilusão
Nem prazer isso é
Somente é um jogo.
O meu, de continuar vivo,
O de deixar lembranças
O de levar lembranças
Para o travesseiro.
E criar novas.
Novas lembranças.
Amanhã
Nem quero saber
Do que vai ser.
Que apenas seja.
Esse é o jogo que eu jogo.
E que compartilho.
Eu jogo
Pelo empate:
Continuar
Vivo.
Um comentário:
Meu amigo:
continuar vivo, e fazendo poemas, não é empate: é vitória por goleada!
beijo.
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