5.11.2008

DIAS DAS MÃES

Pois é, meu blog amigo,
Meu Rio antigo,
Faz tempo não nos falamos.
Permaneço aqui, nesta ilha imensa,
Onde o mar
Felizmente
Imenso
Permanece.

Anoitece.
Hoje – agora - é noite de domingo.
Por isso,
Rimo;
Remo
Contra a maré
Do frio,
Do inverno.

Quando rima é o que eu quero,
Rima é o que não me vem.

Hoje
É dia das mães.

Almoçamos fora,
Fomos a um restaurante -
Privilégio, blog amigo,
Saudades, Rio antigo.

Rio moderno
Da Rua do Lavradio
Rio
Das soluções
Tardio.
Vencido,
Rio,
Vencido?

Não pode ser,
Hoje
É domingo
É dia das mães,
Rio,
Você, Rio, minha mãe.

E meu pai.

Florianópolis,
Deus te abençoe,
Te faça percorrer caminhos
Que te levem à semelhança com o Rio
Só naquilo
Que o Rio tem de bom.

Fale mal do Rio,
Florianópolis,
Mas nos faça um favor:
Faça diferente.

Não empilhe pobre no morro,
Não seja assim tão brasileira
De mera observação.
Seja brasileira
De criatividade.
Invente-se a si,
Florianópolis,
Reinventando até o Rio,
Reinventando até o Brasil.

Rio,
Florianópolis,
Brasil,

Façam-nos o favor
Do nosso renascimento:
Afinal
Hoje
É dia das mães.

Queremos renascer
No colo amado.
No lugar da rima,
O impensável:

O mar
Moldura
Da dignidade
Individual
E coletiva.

Hoje -
É dia das mães.

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