Pois é, meu blog amigo,
Meu Rio antigo,
Faz tempo não nos falamos.
Permaneço aqui, nesta ilha imensa,
Onde o mar
Felizmente
Imenso
Permanece.
Anoitece.
Hoje – agora - é noite de domingo.
Por isso,
Rimo;
Remo
Contra a maré
Do frio,
Do inverno.
Quando rima é o que eu quero,
Rima é o que não me vem.
Hoje
É dia das mães.
Almoçamos fora,
Fomos a um restaurante -
Privilégio, blog amigo,
Saudades, Rio antigo.
Rio moderno
Da Rua do Lavradio
Rio
Das soluções
Tardio.
Vencido,
Rio,
Vencido?
Não pode ser,
Hoje
É domingo
É dia das mães,
Rio,
Você, Rio, minha mãe.
E meu pai.
Florianópolis,
Deus te abençoe,
Te faça percorrer caminhos
Que te levem à semelhança com o Rio
Só naquilo
Que o Rio tem de bom.
Fale mal do Rio,
Florianópolis,
Mas nos faça um favor:
Faça diferente.
Não empilhe pobre no morro,
Não seja assim tão brasileira
De mera observação.
Seja brasileira
De criatividade.
Invente-se a si,
Florianópolis,
Reinventando até o Rio,
Reinventando até o Brasil.
Rio,
Florianópolis,
Brasil,
Façam-nos o favor
Do nosso renascimento:
Afinal
Hoje
É dia das mães.
Queremos renascer
No colo amado.
No lugar da rima,
O impensável:
O mar
Moldura
Da dignidade
Individual
E coletiva.
Hoje -
É dia das mães.
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