Árvores. Há uma, no quintal do prédio onde mora meu irmão
Que parece um bicho esticando o pescoço,
O tronco, inclinado,
Duas raízes que são como pernas,
A cabeça – o cabelo revolto de uma árvore –
Procurando, lutando para encontrar
O sol. Ou a chuva. O céu.
Seu chapéu.
Árvores perdidas nas calçadas do Rio de Janeiro,
Ruas, suas ruas são indiscutivelmente arborizadas,
Suas ruas são metralhadas,
Em algum momento era tudo óbvio e não quiseram perceber.
Uma árvore permaneceu árvore.
Árvore de Natal.
2 comentários:
Bonito, Mário!
Gostei...
bj
Olá, Mario.
Sou aqui de Jaraguá do Sul, e através do Carlos Schroeder pude ler seu livro, "A revolução do silêncio". Faço aqui o registro da satisfação na leitura do mesmo. Um romance bem escrito, em que você, como a Regininha escreveu na orelha do livro, arrisca com um romance utópico que provoca no leitor uma reflexão sobre sua realidade. Parabéns!
abraços,
Ítalo Puccini
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