6.27.2006

INDECISÕES

Sejamos francos: quando era para se aproximar, você se afastou; quando você me pediu socorro, eu não vi. Tive que sair correndo para desfazer a encrenca que acabei criando, por causa da indecisão.

Na hora de resolver e agir, não resolvemos e não agimos – ao contrário, reagimos - e tudo foi mais difícil.

Repare que conversamos a respeito antes, combinamos tudo direitinho, mas, pra valer, não nos entendemos. E olha que nos gostamos e nos respeitamos e somos gostados e respeitados, hein?

A indecisão é que atrapalha. Parece que vai, mas demora a ir. Fica a impressão de que foi bom, pra você e pra mim, inclusive, mas poderia ter sido melhor – aliás, a impressão que fica é que poderia ter sido pior - e que poderá, mesmo, ser pior.

É perigoso. Ninguém gosta de não saber o que fazer no momento da tomada de decisão - e sair fazendo de qualquer jeito é correr um risco muito alto.

O que era para ser prazer vira dor, ou, no mínimo, aborrecimento. Quando acaba, é mais alívio que alegria. Mas pode até dar certo, não é? Vamos continuar tentando. Despediram-se assim, para começar mais um destreino, antes de um novo desjogo, a dizerem, Assim é que o Parreira quer, a nos contar na véspera o que foi que indecidiu.

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