Há gente importando carne maturada em cerveja do Japão. Japonês
quando vem a uma churrascaria brasileira tira fotos das peças de carne. Todo
mundo sabe que o Brasil é exportador de carne. Quem importa carne do Japão provavelmente
está importando carne brasileira. Quem faz esse tipo de coisa vive em outro
planeta e faz questão de mostrar que seu planeta é outro; um caso típico de
alienação.
Há pessoas alienadas porque alijadas da informação e
educação, como há quem se aliene lendo e ouvindo exclusivamente aquilo que
pertença a uma única doutrina, e a tudo defende com base nos mantras que ouve e
repete, às vezes com ares de superioridade, não raro com grosseria. Esses, em
breve, estarão mais que alienados: isolados, porque ninguém aguenta chatos por
muito tempo.
No governo, há vários ministros alienados dos seus
ministérios, e três com destaque: o dos esportes, o da educação e o da ciência
e tecnologia. Já a presidente é alienada do país que pretensamente governa e
isolada do ministério, do congresso e da população; até de seus eleitores se
isolou.
Serão os que querem o impeachment alienados?
Quais são os maiores interessados no impeachment? No exclusivamente
da presidente, Michel Temer; no de ambos, uma extensa lista, que começa com Lula,
passa por Aécio e Marina e vai até Bolsonaro. Os provisórios – presidente da
câmara, do senado e do STF – são também interessados, especialmente em recursos
capazes de tornar provisoriedade permanência.
O que se podia querer é um governo que se interessasse e
tivesse respeito pelo país. Por exemplo, um ministério com 2/3 dos 39 ministros
que o compõem facilitaria um bocado a tarefa do Mãos de Tesoura. Ministros
afinados com seus ministérios trariam credibilidade e fariam jus ao dinheiro
que investimos nos seus salários e suas funções. Aqui no Brasil, vira e mexe se
esquece de que eles que governam são pagos por nós, e não o contrário. Se não
estamos satisfeitos, mandar embora, pedir a troca, é nosso direito. A presidente
deve ter notado que sua maldita base já deixou de ser base há tempos; então
porque não despacha logo os incompetentes, canastrões e vis? Se ela for refém
de alguma coisa, que acuse a condição e peça socorro. Se for cúmplice, aí a
história é outra; se assim for provado, e a depender do quê, vamos, sim, querer
mandá-la embora, e nos restará escolher entre os que se apresentarem. Sempre bom
lembrar que na democracia os patrões somos nós. Sempre bom não esquecer que
intervenção militar são fuzis apontados para dentro de casa, para nossas caras,
nossos narizes.
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