Matemática não é uma só.
Matemática é matéria complicada para muita gente, especialmente quando quem ensinou era muito complicado.
Matemática, quando é financeira, bota complicado nisso: deixa de ser ciência exata e se torna fixação, insônia ou, ainda, a soma inexata das duas coisas.
Bom mesmo é quando a Matemática é coisa simples, aritmética, e não matéria complicada; quando nem matéria é. Exemplos:
Dois mais dois igual a quatro - ninguém seria superficial e tosco a ponto de dizer “isso é Descartes”. Mas que tem vontade, tem;
Um sobre zero tende a infinito e um sobre infinito tende a zero: ciência política;
A quarta dimensão é Freud. A quinta, Jung;
Espaço enésimo? Freqüente aí uma mesa de bar por volta das duas da manhã e depois nos conte;
Tábua logarítmica: o mesmo que Latim;
Multiplicar por menos um é muito utilizado por quem usou o cheque especial uma única vez e não consegue entender porque foi que passou a usar para sempre;
Raiz quadrada: (1) jamais fique embaixo de um radical; (2) o resultado é mais ou menos.
E assim fica demonstrado o corolário de que, em tempos em que a descoberta é de escândalos políticos em série de Fourier, deve-se, com todo e devido respeito ao seu criador e sua admirável “transformada”, transformá-la em resultado que fique na nossa memória para sempre, em todas as eleições. E delas, jamais abrir mão.
Nem das Matemáticas.
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